Fui ativista estudantil (1967/68). Militante clandestino (1969/70). Preso político (1970/71). Tenho travado o bom combate, lutando por um Brasil mais justo, defendendo os direitos humanos, combatendo o autoritarismo.

Sou jornalista desde 1972. Crítico de música e de cinema. Cronista. Poeta. Escritor. Blogueiro.

Tentei e não consegui eleger-me vereador em São Paulo. Mas, orgulho-me de ter feito uma campanha fiel aos objetivos nortearam toda a minha vida adulta: a construção de uma sociedade igualitária e livre, tendo como prioridades máximas o bem comum e a felicidade dos seres humanos.

Em que a exploração do homem pelo homem seja substituída pela cooperação solidária do homem com os outros homens. Em que sejam finalmente concretizados os ideais mais generosos e nobres que a humanidade vem acalentando através dos tempos: justiça social e liberdade.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

AOS COMPANHEIROS E AMIGOS...

...principalmente os que de alguma forma colaboraram com minha campanha a vereador de São Paulo, comunico que estou reassumindo a condição de independente.

Acreditei que meu engajamento no Partido Socialismo e Liberdade pudesse contribuir para o resgate de algumas posturas dos revolucionários de minha geração, como a de que só devemos disputar posições e assumir postos no Legislativo e no Executivo burgueses com a finalidade tática de acumularmos forças. 

Encarando o capitalismo como o maior obstáculo à felicidade dos seres humanos e a maior ameaça à sobrevivência da humanidade, avaliei que, se conquistasse algum naco de poder nas suas entranhas, isto serviria para amplificar minha voz e dar mais amplitude à minha atuação, no sentido de aguçar-lhe as contradições e evidenciar seu caráter desumano e predatório, fazendo avançar a luta por sua extinção.

Também pretendia impulsionar a união de todas as forças anticapitalistas na luta contra o inimigo de classe, fundamental neste momento em que somos minoritários e quase impotentes para influir verdadeiramente nos rumos políticos da Nação.

Fui fiel aos meus valores e princípios: lutei. Mesmo sabendo que assumia uma missão praticamente impossível, tentei de todas as formas abrir um caminho para mim e para outros.

Até para não desestimular jovens idealistas, prefiro não esmiuçar os motivos pelos quais fracassei e hoje considero inalcançáveis tais metas.

Apenas deixo registrada minha opção pessoal de não continuar no PSOL nem me filiar a qualquer outro partido empenhado em repetir, corrigindo-a, a trajetória do PT --ou seja, crendo na hipótese de que seja possível não se desviar do objetivo revolucionário no meio do caminho. 

Conclui que havia uma única oportunidade histórica para tal via ser bem sucedida: aquela em que também me empenhei ("Quem não dormiu no sleeping-bag nem sequer sonhou") e que foi, lamentavelmente, desperdiçada. 

E que é "nas escolas, nas ruas, campos, construções", na praça que "é do povo como o céu é do condor", que nossa luta pode atualmente resultar. Não no seio dos (ou com um pé nos) podres Poderes.

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