Fui ativista estudantil (1967/68). Militante clandestino (1969/70). Preso político (1970/71). Tenho travado o bom combate, lutando por um Brasil mais justo, defendendo os direitos humanos, combatendo o autoritarismo.

Sou jornalista desde 1972. Crítico de música e de cinema. Cronista. Poeta. Escritor. Blogueiro.

Tentei e não consegui eleger-me vereador em São Paulo. Mas, orgulho-me de ter feito uma campanha fiel aos objetivos nortearam toda a minha vida adulta: a construção de uma sociedade igualitária e livre, tendo como prioridades máximas o bem comum e a felicidade dos seres humanos.

Em que a exploração do homem pelo homem seja substituída pela cooperação solidária do homem com os outros homens. Em que sejam finalmente concretizados os ideais mais generosos e nobres que a humanidade vem acalentando através dos tempos: justiça social e liberdade.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

VIDA QUE SEGUE

Foi um duro golpe para mim, constatar o estrago causado pela última eleição presidencial nas minhas esperanças de uma retomada revolucionária.

Sou sincero: considero esgotado o papel positivo do PT e urgentemente necessária a afirmação de uma nova vanguarda, que volte a priorizar a luta contra o capitalismo, disposta a implodir a dominação de classe ao invés de apenas atenuar os excessos cometidos pela classe dominante.

Até lá continuaremos patinando sem sairmos do lugar. Então, na minha maneira de ver as coisas, a reeleição de Dilma significou mais quatro anos riscados do calendário da revolução (a menos que os jovens indignados voltem para as ruas e comecem a escrever uma nova História, pois eles são, agora mais do que nunca, a esperança que nos resta). 

E, como enxergo um palmo adiante do nariz, temo que o continuísmo, da forma como foi assegurado (com abuso clamoroso da máquina governamental, da propagação de falácias e da pregação do ódio), seja respondido pela direita com a tentativa de impeachment da presidenta Dilma.

Isto poderá levar a consequências imprevisíveis, com a conjugação das crises política e econômica (pois o que nos espera em 2015 é uma recessão inevitável, que talvez desemboque numa depressão).

Mas, exatamente porque o porvir se augura ameaçador, continuarei cumprindo o papel quem me atribui: o de estimular a reflexão sobre o momento e as perspectivas históricas, propondo visões alternativas às dominantes. Até agora, tem sido uma pregação no deserto: por mais certo que esteja nos meus alertas, não venho conseguindo alterar um milímetro o rumo dos acontecimentos.

Mesmo assim, creio haver motivos para perseverar. Principalmente por existirem tão poucos internautas, e a proporção é menor ainda entre os de esquerda, com convicções e coragem para remarem contra a corrente, desafiando e desnudando as posições oportunistas dos que desistiram de dar um fim à exploração do homem pelo homem.

Vida que segue, portanto. O que muda é a ênfase cada vez menor que este blogue dará à política oficial, às escaramuças dos que querem apenas conquistar, manter ou ampliar seu poder sob o capitalismo. 

Depois dos horrores da última campanha, a política oficial só me causa o mais profundo asco e a mais extrema indignação. Sinto-me como Glauber Rocha, no seu desabafo visceral em Terra em Transe, pela boca do personagem Paulo Martins (Jardel Filho):

"Não é mais possível esta festa de medalhas, este feliz aparato de glórias, esta esperança dourada nos planaltos. Não é mais possível esta festa de bandeiras com guerra e Cristo na mesma posição! Assim não é possível, a impotência da fé, a ingenuidade da fé.

Somos infinita, eternamente filhos das trevas, da inquisição e da conversão! E somos infinita e eternamente filhos do medo, da sangria no corpo do nosso irmão!

E não assumimos a nossa violência, não assumimos as nossas idéias, como o ódio dos bárbaros adormecidos que somos. Não assumimos o nosso passado, tolo, raquítico passado, de preguiças e de preces. Uma paisagem, um som sobre almas indolentes. Essas indolentes raças da servidão a Deus e aos senhores. Uma passiva fraqueza típica dos indolentes.

Não é possível acreditar que tudo isso seja verdade! Até quando suportaremos? Até quando, além da fé e da esperança, suportaremos? Até quando, além da paciência, do amor, suportaremos? Até quando além da inconsciência do medo, além da nossa infância e da nossa adolescência suportaremos?"

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

PAUSA PARA RECICLAGEM

Já são quase oito anos de atividades incessantes, começando pelo blogue Celso Lungaretti - O rebate e depois se diversificando com o Náufrago da Utopia e o Diário de campanha do Lungaretti. Chega o momento de fazer uma pausa para reciclagem.

Há muito estou precisando recuperar o fôlego. Esperei até o desfecho da eleição presidencial de 2014 porque, embora esteja totalmente cético quanto à possibilidade de fazermos avançar a revolução por meio da (e em meio à) putrefata política oficial, percebi uma tempestade se formando no horizonte e tudo fiz para alertar os que a podem evitar.

Nem isto consegui. Então, só me resta torcer para que estejam equivocadas as minhas previsões. 

Faço uma última recomendação: que os dirigentes da esquerda palaciana aprendam a evitar os confrontos cujo desfecho será desastroso a médio ou longo prazo. Há vitórias que conduzem a acachapantes derrotas e aos mais terríveis retrocessos. A História será implacável com os pastores que conduzirem seus rebanhos ao extermínio.  

De resto, vou refletir profundamente sobre os caminhos para concretizar a contribuição que eu ainda me proponho a dar, nos anos que me restam, para a causa à qual tenho dedicado toda a minha vida consciente.

O certo é que continuarei apostando nos movimentos e mobilizações que surjam nas ruas, à margem do sistema falido e na contramão dos podres poderes. Quando eu tiver a possibilidade de desempenhar um papel na formação de novas gerações de revolucionários, sem os defeitos e os vícios daquelas que se tornaram parte da realidade que deveriam transformar, será a hora de voltar ao ringue. 

A tarefa que gostaria de estar desempenhando a partir do day after da eleição presidencial seria a da construção de uma nova esquerda. A velha, contudo, insiste em pular fora do caixão, embora sua sobrevida já nada nos augure de bom. No mínimo, o cronograma da revolução terá sofrido um substancial atraso. Torçamos e façamos figa para que seja só este o prejuízo. Um novo 1964 é tudo de que não precisamos.

De minha parte, não vejo mais motivo nenhum para me ocupar da política oficial, exceto se o País vier a enfrentar a ameaça de uma nova ditadura. Aí, nenhum antigo resistente poderá se furtar ao dever de lutar com todas suas forças contra uma recaída nas trevas. 

Mas, não havendo emergências nem o tão aguardado ascenso revolucionário, este blogue permanecerá em recesso indefinidamente, com repostagens esporádicas de textos antigos para mantê-lo vivo.

sábado, 25 de outubro de 2014

AÉCIO REPRESENTA O RETROCESSO E DILMA, O REPRESAMENTO DO ÍMPETO REVOLUCIONÁRIO.

O último debate eleitoral do 2º turno da sucessão presidencial foi uma reprise dos outros três: Dilma sempre gaguejando e repetindo como disco arranhado a propaganda (enganosa, como toda propaganda) oficial, Aécio sempre causando impressão um pouco melhor, nada de espantar, mas algo mais próximo do que deva ser quem exerce a Presidência da República.

Um batalhão de pesquisadores, coordenado por marqueteiros, os mune de um imenso arsenal de dados que só servem para exibirem e depois jogarem fora: presidente estabelece prioridades e coordena seus ministros, não se ocupa pessoalmente das questiúnculas administrativas. Embora pose fingindo inspecionar obras ou atrapalhando os que trabalham em situações de emergência, aquilo tudo é só pra videota ver.  

Então, se nos ativéssemos apenas às qualidades pessoais para o exercício da função presidencial, teríamos de votar em Aécio Neves, que sugere, ainda que remotamente, um estadista. 

Dilma Rousseff fez questão de projetar a imagem de gerentona porque, no fundo, era a única convincente no seu caso. Afinal, não passa de uma guerrilheira que virou tecnoburocrata. 

Antes, queria contribuir para a revolução, uma obra coletiva que depende, fundamentalmente, de que os explorados, em algum trecho do caminho, assumam a causa e a levem à vitória. Se ela houvesse permanecido fiel aos ideais de outrora, teria estimulado a conscientização, participação e organização do povo, pois é ele quem pode fazer a revolução. Revolucionários somos apenas os abre-alas, não os sujeitos da revolução.

Mas, a derrota dos anos de chumbo lhe fez muito mal e suas ambições se reduziram a quase nada. Passou a se ver meramente como uma gestora do capitalismo, que tenta gerenciar melhor o aparelho de estado, do ponto de vista de obter algumas pequenas benesses a mais para o povão (comparativamente às concedidas pelos governos de direita).

Ora, já faz mais de um século que os teóricos marxistas fulminaram o reformismo como uma via política que, tornando o capitalismo um pouco menos selvagem, só serve para assegurar-lhe sobrevida, já que ninguém aguenta ser tratado indefinidamente a ferro e fogo. Dilmas e Lulas apresentam ao povo a face humana do capitalismo, o que apenas o impele a se conformar ao invés de lutar. 

Se queres um monumento, compara os contingentes combativos das Ligas Camponesas e dos primórdios dos movimentos de sem-terra com os apáticos e amorfos beneficiários do Bolsa Família. Uns queriam arrancar seus direitos das garras exploradores. Outros ficam à espera que a esmola lhes caia do céu, só se diferenciando dos mendigos por não terem de suplicar por ela, bastando entrarem na fila do banco.  Dos primeiros, alguns certamente engrossariam as fileiras revolucionárias, se houvesse uma revolução em curso. Dos segundos só podemos esperar prostração e abulia.

Há dois pecados capitais que devem afastar os revolucionários da opção Dilma Rousseff: 
  • sua persona política, hoje, é de quem encara os explorados como objetos (beneficiários) da sua atuação, não como os sujeitos que precisam ser estimulados a cumprirem seu papel histórico. Ela substitui a mobilização revolucionária pela arregimentação dos eleitores para garantirem mandatos aos gerenciadores corretos, reassumindo, logo ao saírem da cabine de votação, a sua condição de zeros à esquerda, a serem devidamente tutelados pelos que sabem o que é melhor para eles. É o contrário de tudo que Marx e Proudhon nos ensinaram;
  • e, não se contentando em colocar os explorados no seu devido lugar por meio das políticas de governo, recorreu à repressão pura e simples para sufocar o despertar das massas nas jornadas de junho de 2013 e subsequentes, tudo fazendo para abortar o que, para quem permaneceu revolucionário, representava a maior esperança surgida desde a domesticação do Partido dos Trabalhadores. Foi imperdoável e eu, pelo menos, jamais perdoarei o PT por isto; quase vomitava ao ler, nos posts dos blogueiros amestrados que oscilam na órbita palaciana, as mesmíssimas falácias, diatribes e incitação à bestialidade fardada que os arqui-reacionários de então, como Nelson Rodrigues, lançavam contra o movimento estudantil de 1968.
Mas, se o PT, como partido (companheiros valorosos ainda existem por lá e poderão ser muito úteis quando buscarem melhor companhia), está perdido para a revolução e se o indivíduo Aécio Neves cai melhor no figurino presidencial do que Dilma Rousseff, deveríamos votar nele?

Não, mil vezes não! Pois importa mesmo é a força política que governará, não seu garoto-propaganda. O que têm os tucanos a oferecerem, além de uma melhor adequação do Brasil ao papel subalterno e dependente que lhe cabe no capitalismo globalizado? Presumivelmente, eles apenas corrigirão os erros de gerenciamento (mesmo na ótica estritamente capitalista...) cometidos na caótica gestão de Dilma Rousseff e vão ocultar com mais discrição a sujeira debaixo do tapete --afinal, a grande imprensa decerto cooperará neste mister, voltando aos miados da era FHC, ao invés dos rugidos de ultimamente.

Têm tão pouco a oferecerem ao povo como em 2002, quando foram varridos do poder por Lula. Que haja tantos brasileiros hoje dispostos a andarem para trás é estarrecedor! Mostra quanto o PT decepcionou aqueles que nele apostaram.

Noves fora, Aécio representa o retrocesso e Dilma, o represamento do ímpeto revolucionário sob a batuta (e a repressão!) dos reformistas. Merecem ser ambos repudiados. Merecem que o povo lhes atire sua decepção na cara, pois um não oferece esperança nenhuma e a outra frustrou miseravelmente as imensas esperanças que seu partido despertou.

A maneira que resta para expressarmos nossa indignação é recusa das opções que nos estão sendo oferecidas, seja (preferencialmente) anulando o voto, seja votando em branco ou mesmo, por meio da abstenção, não desperdiçando tempo com uma eleição que, além de não prenunciar verdadeira melhora, apresentou a campanha mais imunda e medíocre desde a redemocratização.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A veja TUMULTUA A ELEIÇÃO COM O FANTASMA DO IMPEACHMENT DE DILMA

O risco contra o qual venho há tempos alertando acaba de se materializar: a veja antecipou em um dia a distribuição da edição 2.397, de forma a colocar a eleição presidencial sob a lâmina de uma guilhotina: a do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. 

É manipulação às escâncaras, um óbvio crime eleitoral. 

A revista normalmente entra em bancas no sábado e tem sua capa e resumo das principais matérias divulgada na noite de 6ª feira. Todo o cronograma foi adiantado em 24 horas, só cabendo uma explicação: o objetivo foi permitir que Aécio Neves aproveitasse a munição nova no debate final da Globo, além de aumentar estrategicamente o prazo para a bomba repercutir, produzindo consequências nas urnas. 

E qual é esta bomba, afinal? Trata-se da atribuição, ao delator premiado Alberto Youssef, da seguinte afirmação, ao ser interrogado por um delegado da Polícia Federal:
— O Planalto sabia de tudo!
O delegado teria perguntado a quem no [Palácio do] Planalto o doleiro aludia, recebendo como resposta: "Lula e Dilma".

Reinaldo Azevedo, o blogueiro mais reacionário da revista mais reaça do Brasil, duas semanas atrás já antecipara que a direita poderia partir para o impeachment, neste parágrafo de sua coluna semanal na Folha de S. Paulo:
Reinaldo Azevedo é o principal arauto do impeachment
"Prestem atenção! Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef mal começaram a falar. A depender do rumo que as coisas tomem e do resultado das urnas, o país voltará a flertar, no próximo quadriênio, com o impeachment, somando, então, a crise política a uma economia combalida".
Só perfeitos ingênuos acreditarão que ele já não soubesse qual seria a derradeira cartada da veja

Agora, ao trombetear a nova denúncia no seu blogue, ele é mais explícito ainda:
"Se as acusações de Youssef se confirmarem, é claro que Dilma Rousseff tem de ser impedida de governar caso venha a ser reeleita, mas em razão de um processo de impeachment, regulado pela Lei 1.079..."
E, para martelar bem a ideia, ele a repetiu no final do seu post, grifando a ameaça para torná-la ainda mais ribombante:
"Se Dilma for reeleita e se for verdade o que diz o doleiro, DEVEMOS RECORRER ÀS LEIS DA DEMOCRACIA — não a revoluções e a golpes — para impedir que governe".
Evidentemente, os grãos petistas falarão em terrorismo eleitoral, minimizando a possibilidade de os acontecimentos se encaminharem em tal direção.

Mas, se precedentes valem alguma coisa, a permanência de Getúlio Vargas no poder foi duas vezes interrompida por manobras semelhantes:
  • em 1945, os Estados Unidos jogaram todo seu peso de bastidores para forçá-lo (da mesma forma que o argentino Juan Domingo Perón) a deixar o poder; 
  • e, como o ciclo varguista persistiu, com a eleição do poste que ele apadrinhou (Eurico Gaspar Dutra) seguida por sua volta ao Palácio do Catete em 1951, a direita militar exigiu que renunciasse para não ser deposto, tendo ele preferido uma outra opção, o suicídio.
Outro precedente agourento é o de 1964: o PCB subestimou o risco de golpe de estado, não montando nenhum dispositivo militar próprio para defender o mandato legítimo de João Goulart, daí os golpistas terem derrubado o governo com a facilidade de quem tira doce da boca de uma criança.

Se as agora coisas chegarem a tal extremo, a História certamente se repetirá, pois inexiste dispositivo militar autônomo ou contingentes populares preparados para reagirem à altura. O PT não fez a lição de casa.

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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

"SE UMA OUVIDORIA NÃO DEFENDE UM IDOSO GRITANTEMENTE INJUSTIÇADO, PARA QUE EXISTE?"

Sinto-me como o cidadão que, num conto primoroso de Kafka, chega na porta da Lei e tem sua entrada impedida por um poderoso porteiro. Decide aguardar seu consentimento e consome o resto da sua vida na espera. Em seus últimos momentos, pergunta:
- Todos aspiram à Lei. Como se explica que, em tantos anos, ninguém além de mim pediu para entrar?
O porteiro precisa berrar a resposta, para que o agonizante o consiga escutar:
- Aqui ninguém mais podia ser admitido, pois esta entrada estava destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a.
É o que se passa com o meu mandado de segurança para receber a indenização retroativa que me foi concedida pelo ministro da Justiça há nove anos, mas que, graças a manobras protelatórias e à indisfarçável hostilidade das burocracias arrogantes e insensíveis, permanece até hoje no limbo, conforme expliquei detalhadamente neste artigo de três meses atrás (nada aconteceu desde então).

Nesta 5ª feira, 16/10, apelei mais uma vez à Ouvidoria do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que cumpra seu dever. Já o fizera anteriormente, recebendo a bizarra resposta de que o regulamento interno do STJ dá aos ministros o direito de organizarem a sua agenda conforme lhes dá na telha. Ora, se uma Ouvidoria acredita que regulamentos internos falem mais alto do que leis, é melhor substituí-la por um muro de lamentações.

Eis a mensagem que acabo de enviar:
Quero, mais uma vez, pedir à Ouvidoria que cumpra seu papel, defendendo meu direito de idoso a ter prioridade nos trâmites judiciais, conforme estabelece a Lei 010.741, de 2003:
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.
 § 1º O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo.
Requeri formalmente a priorização em 06/08/2012, sem que NENHUMA providência fosse tomada no espírito da Lei. Na prática, ela foi tratada como letra morta.
Meu mandado de segurança (de nº 0022638-94.2007.3.00.0000) completará no início de fevereiro oito anos de duração e quatro desde que obtive ganho de causa no julgamento do mérito da questão, por unanimidade (8x0). Já lá se vão mais de dois anos que o relator tomou sua última decisão, manifestando-se nos autos pela derradeira vez. ESTÁ TOTALMENTE PARADO DESDE ENTÃO!!!
Lembro também que REGULAMENTOS INTERNOS, mesmo o de uma corte como o STJ, não prevalecem sobre as LEIS do País.
Se o Estatuto do Idoso não é para valer e se um sexagenário pode ser tratado com tamanho descaso, por que o criaram?
Se uma Ouvidoria não defende um idoso gritantemente injustiçado, para que existe?
Sou a parte fraca, só me resta clamar. Espero que não seja no deserto.

A MARIA ANTONIETA DE HOJE NÃO PERDERÁ A CABEÇA. NEM O CARGO?!