Fui ativista estudantil (1967/68). Militante clandestino (1969/70). Preso político (1970/71). Tenho travado o bom combate, lutando por um Brasil mais justo, defendendo os direitos humanos, combatendo o autoritarismo.

Sou jornalista desde 1972. Crítico de música e de cinema. Cronista. Poeta. Escritor. Blogueiro.

Tentei e não consegui eleger-me vereador em São Paulo. Mas, orgulho-me de ter feito uma campanha fiel aos objetivos nortearam toda a minha vida adulta: a construção de uma sociedade igualitária e livre, tendo como prioridades máximas o bem comum e a felicidade dos seres humanos.

Em que a exploração do homem pelo homem seja substituída pela cooperação solidária do homem com os outros homens. Em que sejam finalmente concretizados os ideais mais generosos e nobres que a humanidade vem acalentando através dos tempos: justiça social e liberdade.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

O DOMINGO DO IMPEACHMENT JÁ É HISTÓRIA. O QUE FAZERMOS AGORA?

Herói fortuito, o tucano Bruno Araújo deu o 342º voto. 
O domingo do impeachment já é História. Vamos olhar para a frente, caso contrário viraremos estátuas de sal (ou, em versão atualizada, nos tornaremos irrelevantes...).

São favas contadas que em maio o Senado, por maioria simples, aceitará receber o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, afastando-a do cargo. Michel Temer assume.

E de nada adianta acalentarmos esperanças de que a moeda, da próxima vez, vá cair em pé: ela não reassumirá a presidência, inocentada, depois de 180 dias. Se Dilma sair, não volta mais. 

Com a insensibilidade habitual, o PT ainda tenta puxar a brasa para sua sardinha: cogita propor o encurtamento do mandato de Dilma e a antecipação da eleição presidencial, de forma a coincidir com as municipais.
Manchete garrafal, claro!

Parece ignorar que foi fragorosamente derrotado e os vencedores não têm motivo nenhum para deixarem a caneta presidencial nas mãos de Dilma até 31 de dezembro. Preferirão, obviamente, arrancá-la das mãos dela no mês que vem.

Então, se querem mesmo fazer uma tentativa de forçarem, in extremis, a realização de uma nova eleição presidencial indiscutivelmente a melhor solução quando quem governa não tem as mais remotas condições de continuar governando e ao vice falta credibilidade para unir o País num momento dramático–, os grãos petistas terão de seguir o roteiro que eu propus, o único viável
  • renúncia imediata de Dilma, conclamando o Temer a fazer o mesmo, pelo bem do povo brasileiro;
  • lançamento imediato da campanha pelas diretas já de 2016.
Não é momento de poupar melindres a Dilma, nem de tomar iniciativas que darão em nada, pois os antagonistas certamente as pulverizarão no Congresso (caso da Proposta de Emenda Constitucional concedendo mais oito meses de mandato a uma presidente que já não é capaz de aguentar nem outras oito semanas no cargo).

Ainda dá para virarmos o jogo. Mas, como ensinavam os magos, para obtermos grandes dádivas precisamos fazer grandes sacrifícios. Nada vem de mão beijada muito menos depois de um desastre político como o do domingo do impeachment.

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