Fui ativista estudantil (1967/68). Militante clandestino (1969/70). Preso político (1970/71). Tenho travado o bom combate, lutando por um Brasil mais justo, defendendo os direitos humanos, combatendo o autoritarismo.

Sou jornalista desde 1972. Crítico de música e de cinema. Cronista. Poeta. Escritor. Blogueiro.

Tentei e não consegui eleger-me vereador em São Paulo. Mas, orgulho-me de ter feito uma campanha fiel aos objetivos nortearam toda a minha vida adulta: a construção de uma sociedade igualitária e livre, tendo como prioridades máximas o bem comum e a felicidade dos seres humanos.

Em que a exploração do homem pelo homem seja substituída pela cooperação solidária do homem com os outros homens. Em que sejam finalmente concretizados os ideais mais generosos e nobres que a humanidade vem acalentando através dos tempos: justiça social e liberdade.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

CARTA ABERTA À ADVOGADA GERAL DA UNIÃO: O PORQUÊ.

INTERNAUTA COMENTANDO MINHA CARTA ABERTA NO FACEBOOK – Por que que o contribuinte deve indenizar alguém que optou lutar pelos seus ideais? É uma história edificante, mas fica maculada por esse velho costume brasileiro de obrigar a viúva a ressarcir os danos decorrentes de escolhas politicas e morais. 

Penso que o Estado deveria, face a esse senhor e aos demais, prestar homenagens, reconhecer os serviços prestados e a defesa de seus ideias, desculpar-se pelo arbítrio de seus agentes, mas, convenhamos, indenização é conta para os contribuintes, os mais pobres, justamente aqueles que eram alvos de suas defesas, pagarem!

RESPOSTA QUE LÁ POSTEI – É porque, no século passado, consolidou-se o entendimento de que indivíduos gravemente prejudicados por governos ilegítimos e tirânicos devem ser compensados por haverem tido suas vidas quase destruídas. 

Amigos judeus receberam, aqui no Brasil, indenizações pelo que seus pais e mães haviam sofrido sob Hitler. 

E até mesmo um ex-paraquedista francês, que era meu vizinho, foi chamado à França para ser compensado pelo trauma que sofreu (ou deveria ter sofrido) ao integrar uma unidade que torturava bestialmente argelinos, tentando evitar a independência daquela país.
Então, o Brasil apenas cumpriu uma das quatro principais recomendações da ONU para nações que se redemocratizam. Outros países do nosso continente também o fizeram. 

Mas, o que eu estou colocando em discussão é o fato de que algumas dezenas de milhares de anistiados receberam normalmente o chamado retroativo, depois de terem se curvado à imposição de um governo que resolveu pagá-los em suaves prestações mensais, mas não queria mudar as normas do programa, porque pegaria mal

Então, estou sendo retaliado, e meus entes queridos muito prejudicados, apenas porque exigi: se o governo não queria mudar a lei, que a cumprisse! 

Aquilo não era nenhuma esmola, mas sim o reconhecimento de que travamos um bom combate em condições dificílimas (quase suicidas) e pagamos por nosso idealismo e coragem com sangue e todo tipo de traumas e transtornos. 
Muitos companheiros valorosos morreram e nós, os sobreviventes, temos um compromisso para com eles: o de honrar a luta que travamos. Mas, os governos querem é ser obedecidos, e movem perseguições ilegais contra quem os contraria. 

Então, se eu peço apoio dos bons cidadãos, é porque não se trata só de um problema pessoal. Está em jogo a onipotência/prepotência das burocracias governamentais x os direitos do cidadão. Até quando os brasileiros vão se curvar sempre aos poderosos, repetindo como papagaios o mantra manda quem pode, obedece quem tem juízo

Eu, no limite das minhas forças, estou confrontando tal mentalidade submissa e pusilânime. Quem não mover uma palha por mim, não poderá se queixar quando for tratado a pontapés pelas otoridade atrabiliárias.

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