Fui ativista estudantil (1967/68). Militante clandestino (1969/70). Preso político (1970/71). Tenho travado o bom combate, lutando por um Brasil mais justo, defendendo os direitos humanos, combatendo o autoritarismo.

Sou jornalista desde 1972. Crítico de música e de cinema. Cronista. Poeta. Escritor. Blogueiro.

Tentei e não consegui eleger-me vereador em São Paulo. Mas, orgulho-me de ter feito uma campanha fiel aos objetivos nortearam toda a minha vida adulta: a construção de uma sociedade igualitária e livre, tendo como prioridades máximas o bem comum e a felicidade dos seres humanos.

Em que a exploração do homem pelo homem seja substituída pela cooperação solidária do homem com os outros homens. Em que sejam finalmente concretizados os ideais mais generosos e nobres que a humanidade vem acalentando através dos tempos: justiça social e liberdade.

sábado, 15 de setembro de 2012

A ELEIÇÃO PAULISTANA ESTÁ SENDO UM TRIÂNGULO DAS BERMUDAS

O quadro eleitoral em São Paulo é desalentador.

O cavalo de Tróia das  empresas  (ou seria melhor dizer  gangues?) que atuam no mercado religioso encaminha-se para o 2º turno, já que as duas máquinas políticas mais poderosas desistiram de o tentarem derrubar desde já.

vira-casaca  e o  bebê de proveta  lançam sua munição mais pesada um contra o outro, apostando nas muitas vulnerabilidades do  explorador da fé acidental. Acreditam que, chegando lá, o vencerão facilmente no confronto final.

É uma aposta arriscada e que, no passado, muitas vezes teve resultados catastróficos --como catastrófica indubitavelmente seria a afirmação dos neopentecostais como força política de primeira grandeza, consequência óbvia se o tiro sair pela culatra.

A última chance de escaparmos deste  triângulo das Bermudas  são os debates eleitorais.

Se algum dos restantes sair-se muito bem, poderá atropelar na reta final, aproveitando a evidente falta de entusiasmo do eleitorado com o  bobo, o  mau  e o  feio  (a identificação com o filme famoso de Sergio Leone só não é total porque nem mesmo na acepção sarcástica do mestre do bangue-bangue à italiana o Fernando Haddad poderia ser considerado  bom, embora caia como uma luva quanto à maldade do Russomanno e à feiúra do Serra...).

Torço para que o companheiro Carlos Giannazi assuma-se como o candidato realmente antípoda do  sistema, a exemplo do Lula dos bons tempos. Assim, na pior das hipóteses, deixará sua marca impressa em cores vivas; e, para nós, a luta não acabará em outubro nem em novembro. Trata-se apenas de uma batalha e o que queremos é ganhar a guerra.

Que Giannazi, enfim, marque a diferença em termos ideológicos, pois jamais vai conseguir grande destaque numa disputa de quem virá a ser o melhor administrador em termos convencionais. Aí prevalecem inevitavelmente os que têm mais tempo no horário eleitoral e maior exposição na mídia.

A chance que lhe resta é uma só: convencer os eleitores de que se trata do único capaz de resgatar São Paulo das garras dos poderosos, evitando que a administração municipal continue priorizando negócios & negociatas em detrimento dos cidadãos.

Para quem sabe das coisas, trata-se do óbvio ululante. Os debates serão a última oportunidade para o Giannazi tornar o eleitorado ciente disto.

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